quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Um vídeo para se pensar.



O vídeo é esteticamente belo, tecnologicamente possível, teleologicamente pensado, psicologicamente estudado e por isto mesmo publicitariamente convincente.

Antropologicamente ele procurou ser culturalmente bem diversificado, mostrando pessoas de grupos étnicos variados, quanto a organização familiar ele tem uma visão pós-moderna, onde uma família com perfil moderno(pai e mãe e filhas) quem sabe para atrair este nicho da sociedade de consumo, ou quem sabe para não arrumar briga, está estruturada como uma família pós-moderna, onde quem prepara o café da manhã é o pai, quem sai para trabalhar é a mãe, quem precisa curtir uns momentos a mais do dia com as filhas é a mãe.
Ele também apresenta uma visão empregatícia e trabalhista com o qual já começamos a conviver, que é a possibilidade de transformar todas às áreas de convivência e trânsito de nosso viver, em um ambiente de trabalho, se isto é bom ou ruim a medicina do corpo e da alma e a psicologia irão nos dizer. 

Sociologicamente ele é unilateral, pois não há presença de grupos sociais que possivelmente não terão acesso a tais bens de consumo. 

Urbanísticamente ele é idílico, pois somente em sonho o ideal de uma cidade perfeita será possível, onde será possível um tráfego de automóveis tão calmo e planejado e poucas pessoas dependendo do transporte público. 

Bíblica e teologicamente o vídeo é perigoso, pois apresenta um modo de vida, onde aquilo que Jesus falou, por conhecer a natureza egoísta do ser humano não existe,´´os pobres sempre tereis convosco``, muitas vezes aquilo que não vemos em uma propaganda é aquilo que tem a mensagem mais verdadeira e real dentro do conteúdo oculto da mesma ( mas alguém pode dizer, ´´não seria politicamente correto associar o propósito da propaganda com a pobreza``, então respondo com uma pergunta,´´ será realmente possível em um planeta de mais de 7 bilhões de seres humanos , todos usufruirem de igual forma todos os benefícios da sociedade tecnológica?`` Pensar afirmativamente é realmente desconhecer o modo como o sistema econômico capitalista funciona e também desconhecer realmente a natureza egoísta e soberba do ser humano ).

Os vídeos publicitários sempre estarão prontos para seduzir as pessoas e vender  os  mais diferentes produtos para os consumidores, porém cabe a nós a oportunidade de pensarmos de maneira inteligente( a partir da cosmovisão bíblica) e analisarmos de forma crítica o que nos for transmitido.

Abraço
Elias

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Culturas Progressistas e sua ligação com as Novas Tecnologias de Comunicação


Neste  artigo será abordado  um tipo de modelo cultural, dentro  do ambiente  social relacionado  a questões  inovadoras,  e como as  novas tecnologias da comunicação,   estão atreladas a estas questões.

O tipo de modelo  que será   abordado é o dos ´´progressistas``, aqueles que são  mais inovadores .
As culturas  “progressistas”, segundo Lidório caracterizam-se por um comportamento onde  as mudanças de valores e atitudes  são rápidas, e assim  sempre estão em  busca da ´evolução social`.

Algumas características das culturas progressistas:
·         Seus olhos estão  postos no amanhã inovador;
·         A  Autoridade tende  se dispersar horizontalmente, o que encoraja a discordância;
·         A influência de instituições religiosas na vida civil é pequena, o que leva  a uma maior força da heterodoxia e do secularismo;
·         Buscam símbolos novos de status,  posses e bens;
·         São mais abertos ao Sincretismo;
·         Seus meios de comunicações, preferenciais são os visuais.

Geralmente as pessoas não estão conscientes de viverem conforme tais características, e quando começam a tomar consciência  que vivem como ´´progressistas``, procuram negar tal comportamento, pensando que é errado ou até mesmo pecaminoso,  principalmente, se   elas estiverem ligadas a uma religião. O que é algo sem o menor sentido, pois  ser progressista ou tradicional não está relacionado com a natuzeza pecaminosa do ser humano, mas com o fato dele ser formado com um potencial cultural. Porém, é importante distinguir quando os aspectos culturais são neutros, positivos ou negativos.

Olhando para as novas tecnologias e suas influências sobre as pessoas, fica bem nítido que,  antropologicamente, elas estão mais ligadas às culturas progressistas. A internet, por exemplo, não para de oferecer ferramentas virtuais aos seus usuários,  um ´´dia`` foi possível enviar  e-mails,  em outro ´´dia`` os e-mails passaram a transportar fotos, textos, filmes; um dia foi concedido a conversa de forma escrita e simultânea  entre as pessoas ; em outro ´´dia``  foi possível não somente teclar, mas falar e ver ao mesmo tempo  outra pessoa ,em qualquer lugar do planeta;  um dia foi possível ter acesso a textos escritos, noutro ´´dia`` vieram as músicas, os filmes, etc...; um ´´dia`` foi possível ter acesso a informações, outro ´´dia``  começou a ser possível  estudar e mesmo  ter acesso a cursos de graduação  e pós  online... A internet não tem os olhos apenas  para o aqui e agora, mas principalmente para o amanhã.

As novas tecnologias de comunicação também estão transformando a relação hierárquica entre os seres humanos, com a enorme quantidade de dados e informações que a Rede Mundial de Computadores disponibiliza aos internautas,  as pessoas  estarão cada vez mais tendo a sensação e até mesmo  convicção de que  sabem tanto quanto aqueles  que possuem  Autoridade sobre elas. E, como a quantidade de dados e informações são  muito maiores, é claro, que as  discordâncias entre as pessoas   irão aumentar, pois  a  democracia da Internet permite que  qualquer ponto  de vista seja  colocado à disposição  de todos, com isto um  único assunto terá muitos pontos de vistas, que como  consequência trará  a diluição da hierarquia  cada dia mais.

Ao  misturar  todas as áreas do saber humano, tais como: as religiões imagináveis  e  inimagináveis,  os tipos de  mídias, todas  hipóteses, teorias, leis  de todas às áreas científicas e etc,  em  um mesmo ambiente,  a internet acaba diluindo o poder  de  influência de cada um dos conteúdos dessas  áreas, disseminando nas milhões de páginas de seus inúmeros sites, blogs, e-mails e redes sociais.

Isto, por exemplo,  do ponto de vista religioso, é algo como uma faca de dois gumes, pois se de um lado há oportunidade de disseminar, expandir toda uma fé religiosa, do outro existe a possibilidade de encontrar  uma abordagem contrária a esta mesma fé. Com isto, a força de outrora é diminuida e os  pensamentos  tendem a  tornarem-se mais voltados  à   heterodoxia e ao secularismo. Quando  as  pessoas progressistas   mantem um forte apego sentimental às religões institucionalizadas, elas se apegam às doutrinas e práticas religiosas heterodoxas.  Já quando os progressistas são religiosos, porém informais, não praticantes,  ou seja, participam somente de algumas atividades religiosas, mas pela aceitação social do que para demonstrarem uma fé verdadeira, elas passam a viver um modo de vida mais secular na verdade este é o grupo  que  tem se tornado  mais  hegemônico a cada dia, pois  os grupos  religiosos  heterodoxos na verdade também são seculares, pois atualmente usam um tipo de  capa religiosa em cima de práticas puramente seculares (vide teologia da libertação e teologia da prosperidade), que não são  mais do que   sociologias, uma baseada na Escola Marxista e a outra na Escola Capitalista.

Os progressistas a cada dia buscam novos meios de  buscar ou exibir símbolos de status, posses e bens, e não há melhor lugar do que as redes sociais para expor este desejo.  As pessoas, consciente ou inconscientemente, estão  em busca de adquirir como demonstrar  status, posses e bens e assim mostrar que estão por dentro da atualidade, são antenadas com o desenvolvimento cultural, social e tecnológico e por isto  estão mais perto da  prosperidade. Porém, é importante lembrar que as  redes sociais tanto são meios de fortalecer   determinado  tipo de sociedade, como também de denunciá-la.

Quando a cultura progressista, demonstra toda a sua busca por autonomia, liberdade, inovação ela acaba  abrindo  portas para o sincretismo, ou seja,  para a mistura de princípios religiosos diferentes ou opostos, com  aceitação de todos como verdadeiros, em maior ou menor escala, independente se esta  mistura  acontece em nível apenas de influência  ou de  fusão. A partir desta caracterização, é possível entender como a internet contribui fortemente para esta mistura religiosa, pois a quantidade de dados e informações que as pessoas acessam, e isto muitas vezes, sem capacidade de discernir o certo do errado, o verdadeiro do duvidoso,  levam as mesmas a juntar tudo o que absorvem dos sites, blogs, e-mails, redes sociais e formarem uma única mistura heterogênea, que para tais pessoas é certa, mas que na verdade, não passa  de pontos de vistas misturados e opostos entre si, mas devido a falta de capacidade crítica das pessoas são levadas  a acreditar que estão pensando de forma ortodoxa.

Desde os tempos  primitivos, todas as culturas mais progressistas procuram  desenvolver meios de comunicação que trabalhem preferencialmente os aspectos visuais da comunicação, como por exemplo, as culturas progressistas dos sumérios, babilônios, egipcios e gregos, que com seus alfabetos pictóricos ou fonéticos avançaram  no poder de comunicação do ser humano. Os séculos passaram e hoje através da internet, o sentido mais utilizado através das telas dos meios de comunicações digitais            ( computadores, notebooks, IPADS, IPODS, Tablets) é a visão, na verdade a virtualidade acabou  juntando  a escrita,  o som e  a imagem, porém não há  dúvida,  que o sentido mais afetado pelas telas digitais é a visão. O ser humano progressista, definitivamente é alguém que busca através dos olhos,  enxergar mais e mais.

Para não parecer muito unilateral e rígido, encerro colocando que aceito  que nenhum povo tem uma cultura estática, que permanece a mesma sempre, antes aceito que até mesmo os progressistas de hoje, em algum momento histórico já foram até  mesmo tradicionais. São muitos os fatores que contribuem para uma  determinada cultura ser mais tradicional ou progressista, como também sei que em alguns momentos, as pessoas se comportam de maneira mais progressistas e outras vezes mais tradicionais, dependendo do que está sendo colocado em questão. Contudo, aqui não é momento para estas colocações, mais pertinentes a um antropólogo do que a um educador.

FONTE
Lidório,Ronaldo.Ebook Antropologia Missionária. http://ronaldo.lidorio.com.br/download/eBook%20%20Antropologia%20Missionaria%20-%20Ronaldo%20Lidorio.pdf

Abraço
Elias

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Internet muitas redes - muitas faces - Muitas influências

Neste breve artigo, serão apresentadas  algumas influências já perceptiveis, em várias áreas das atividades humanas e as suas consequências, concernentes a Internet.
Atualmente, existem estudos comprovando que, principalmente os adolescentes,  há muito tempo lutam para não irem dormir cedo, estão mais do que nunca dormindo bem tarde. E, pelo menos dois motivos  atrapalham os adolescentes perderem a hora de dormir, são eles:
  • A impressão de que o tempo ´´voa`` diante do computador, segundo o Dr. Cristiano Nabuco do Instituto de Psiquiatria da USP,  está relacionado com o córtex pré-frontal,  a parte do cérebro que controla os impulsos e sede da razão e do conhecimento, mas no adolescente ainda não é totalmente desenvolvidos, com isto fica difícil para o mesmo saber a hora de desconectar e ir para a cama;
  • E, conforme o Dr. Gustavo Moreira do Instituto do Sono, o ser humano foi feito para dormir no escuro, porém a luz do computador e  da televisão também, confundem tudo no cérebro. Pois, a luminosidade age no centro de sono do cérebro, o qual é responsável por organizar o ciclo de descanso e enviar mensagens ao corpo sobre se já  escureceu ou não.
Outra influência que muito breve irá se espalhar  através da internet, está relacionada ao processo ensino-aprendizagem e a vida escolar:
  • O velho e tradicional professor que somente despeja conteúdo está com os dias contados, em algumas décadas ou anos, o professor que não se readequar, se preparar para uma nova forma de ensino, não conseguirá atingir objetivos educacionais e, por conseguinte estará fora das escolas;
  • Estão também com os anos contados, talvez décadas, a maioria dos cursos de graduação e pós-graduação que funcionarão  on-line ou de forma semi-presencial.
Já é percebida  a influência da internet, na diversão ou entretenimento das pessoas:
  • ·         Há alguns anos atrás, as pessoas se divertiam em atividades que  exigiam a presença física de outras, junto com elas, mas com o surgimento da televisão o grupo foi diminuindo... como era impossível a interatividade com as pessoas do outro lado da tela, sempre havia um pequeno grupo, afim de haver, ao menos, uma diversão coletiva.Agora, as coisas estão modificando, os jogos estão cada vez mais sofisticados e além disso, a interatividade é totalmente possível, as pessoas mesmo estando em países diferentes,  podem interagir e brincar em um mesmo jogo online, e com a perspectiva da implantação da tecnologia 4G, até 2014 este setor aumentará tanto em qualidade quanto em quantidade.

Seguindo, é importante lembrar a influência da internet na mídia, aqui em particular na mídia impressa:
  • ·         O tempo em que a comunicação da mídia impressa tinha uma única mão, está com os dias contados. Os jornais preocupados com a influência da internet, já migrou há um bom tempo para a rede mundial de computadores, onde as revistas e jornais, colocam à disposição dos internautas alguns cadernos para a leitura de  artigos e notícias.  Os jornais e as revistas já atuam em redes sociais, como: facebook, orkut, blogs, twitter; buscando tanto a interação como a transmissão em tempo real das informações.

Contudo, as influências da Internet não estão apenas, ao que se pode chamar, de campo secular da sociedade, ela  tem atingido também a área cúltica das religiões.
  • ·         O que é para facilitar e até mais uma maneira de ´´evangelizar``, daqui a algumas décadas tornar-se-á uma forma comum de cultuar. Caso a sua igreja, tenha menos de cinquenta anos de existência, por certo as mudanças litúrgicas do culto não sejam muitas, mas com certeza, já ocorreram, talvez você ainda não percebeu ou nem foi avisado. Se a sua igreja tem cem anos de existência um número considerável de mudanças já ocorreram; na forma como os crentes se vestem para ir ao ´´culto``, onde sentam (homens e mulheres) na hora do ´´culto``, a quantidade de hinos congregacionais cantados com o hinário oficial da denominação no início do ´´culto``; quem pode ou não subir a plataforma durante o ´´culto`... além de outras mudanças, dentro e fora, da área litúrgica. Assim, as influências da internet, na forma como os cristãos cultuam, levarão cada vez mais os mesmos a ´´participarem`` das reuniões cúlticas pela tela do computador, até a colaboração na forma de ofertas e dízimos se darão através de depósitos onlines, e devido aos altos custos da Televisão, a maioria das igrejas irão migrar para Rede Mundial de Computadores.

Dentro do mundo da tecnologia, as influências da internet transformará o mundo das compras:
  • ·         As Redes Sociais entrarão  no crescente mercado de compras e vendas via online. Cada ano, as vendas pela internet estão em uma linha ascendente e sendo assim as Redes Sociais não poderiam ficar de fora deste bilionário mercado, por exemplo, produtos da ASO, French Connection e Best Buy já estão sendo vendidos diretamente pelo Facebook, no Reino Unido. É provável, que as compras  será realizado via online, o que acarretará  uma transformação em muitas áreas do processo de armazenagem, vendas e compras.   A Logística é uma das áreas com grande transformação e que ajudará a impulsionar as transformações, no mundo das compras.

Para que você veja mais pontualmente tudo aquilo que está sendo preparado nos laboratórios das empresas do Vale do Silício, e assim perceber  as influências e  mudanças pelo qual a sociedade está passando, acesse:

Officelabs.com
Fuse.microsoft.com
Sandbox.yahoo.com
Virtualshowfloor.com

Fonte:
Folha de São Paulo – Folhateen, 14 de fevereiro de 2001

Abraços
Elias

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A finitude humana e a infinitude de Deus


A Humanidade tenta,  mas continuará MUUUUIIIIITTTOOOO distante de Deus! E pior,  continuará a não aprender.

Esta informação não é nada nova, entretanto foi publicada pela primeira vez, na Revista Science, no dia 10 do mês de Fevereiro deste corrente ano, no  artigo  ´´The world's technological capacity to store, communicate and compute information``  de Martin Hilbert e Priscila López.

Por aqui, sites especializados em tecnologia já publicaram esta informação, como os Jornais em suas versões impressas e virtuais.  Apesar de ser uma informação dita ultrapassada para os padrões atuais, ela já nasceu velha, no que diz respeito ao princípio nela contido, sobre a pequenês do ser humano e a grandiosidade de Deus.

Só para lembrar da finitude e pequenês humana com um exemplo bíblico, basta lermos   em Gênesis sobre o relato da Torre de Babel, onde os homens pretenderam construir um ´´nome`` através de  uma torre que ´´tocasse`` o  céu,  e Deus acabou com as pretensões deles iniciando o processo de separação e multiplicação dos idiomas.

Mas, voltando a informação ultrapassada... ela afirma que os cientistas fizeram um estudo e afirmaram ter mensurado quanta informação a humanidade é capaz de armazenar, comunicar e processar. A quantidade é irrisória, 295.000.000.000.000.000.000 de bytes ou 295 exabytes, o que significa 295 bilhões de gigabytes, o qual é suficiente para encher 404 bilhões de CDs comuns e equivale a 314,1 bilhões de músicas em MP3(tamanho médio de 3,5MB cada) e 1,8 bilhão de horas de vídeo em qualidade de DVD (média de 0,6 BGB por hora). 

Porém, por mais gigantesco e inimaginável que possa parecer à compreensão humana, não é nada se comparado com a quantidade de informações armazenadas em todas as moléculas de DNA de um único ser humano - os 295 exabytes, correspondem cerca de 1% de nossos registros biológicos. E, quem criou o ser humano com toda a carga genética, contida no DNA? Foi Deus. Isto poderia nos fazer pensar que a humanidade não conseguirá nunca armazenar  toda a informação contida no DNA. Contudo, segundo os cientistas, isso é algo mais do que provável, já que a quantidade de informação armazenada pela humanidade em sua carga genética, será ultrapassada por volta do ano 2039. 

Todavia, isto não diminuirá Deus e nem o tornará finito como o ser humano, ELE criou algo que é muito mais complexo que a carga genética humana, a complexidade daquilo que não é mensurável no homem, a sua constituição imaterial (alma e espírito). Arrisco dizer, que proporcionalmente, o que a humanidade conhece do espaço sideral, através de sondas espaciais, é muito maior do que os cientistas da psiquê, descobriram sobre a alma humana. Lógico, que é um absurdo comparar ciências exatas com teorias sobre a alma, mas com todo avanço científico, o ser humano ainda está à  superfície da alma e  do espírito humano... desculpem-me Freud, Adler, Jung, Frankl, Tournier, entre tantos outros. Neste sentido, acredito que realmente o ser humano NUNCA chegará, nem perto de Deus, pois existem limites para tudo ´´(..)até aqui virá, e não mais adiante,  e aqui se quebrarão as tuas ondas empoladas``Jó.38:11

A humanidade no afã de querer  ´´criar´´ um nome, de se tornar maior do que realmente  é, continuará  buscando ser igual ou maior do que Deus, e  acontecerá o que tem acontecido desde os tempos imemoriais ou mesmo nos tempos históricos, o homem e quem quer que seja continuará a cair, a ser espalhado e a ser impedido  de ir adiante nas suas ambições. Mas como escreveu Hegel  ´´O que o homem aprende da História é que ele não aprende nada da História``.

Fonte:
Folha de São Paulo, Caderno ciência, 11 de fevereiro de 2011

Abraço
Elias

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Uma reportagem da Televisão a respeito da Internet


Em um telejornal vespertino da Emissora Hegemônica da Televisão brasileira, foi mostrada uma reportagem intitulada ´´Saiba como monitorar o uso que seu filho faz da internet``. Na verdade, o que mais chamou-me  atenção foi a abordagem de um meio de comunicação sobre outro, neste caso, a televisão ensinando aos pais como monitorar e  controlar os filhos, no uso da internet.

A reportagem tenta seguir aquilo que eu chamo de crítica cor de rosa, ou seja, ficou em cima do muro, hora parecia que ia para um lado, hora parecia que ia para outro , usando de maneira consciente a ´´prudência``, ou será que era o medo? Não se pode negar que a reportagem deixa claro que os pais devem dialogar com as crianças, ponto louvável e sem dúvida, muito importante.  A presença de um psicólogo, embora tenha dado à reportagem um ar de maior cientificidade, na verdade, trouxe um aspecto oposto, isto é,  um único especialista presente, demonstrou mais um aspecto unilateral da reportagem, pois este assunto além de um psicólogo deveria  contar com a presença de um corpo multidisciplinar de estudiosos, como por exemplo: um sociólogo, um antropólogo, um especialista em Computadores, e principalmente  aquele profissional que mais tempo fica com as crianças e adolescentes nesta faixa etária, o professor... Quem sabe poderia ter uma palavra de dois professores, sendo um a favor e outro contra a utilização do computador e, por conseguinte da internet na educação. É lógico, que isto estenderia muito , o que a tornaria inviável para o telejornal vespertino, porém fica aqui a sugestão, para uma matéria semanal, onde o conteúdo desta reportagem, poderia ser trabalhado de maneira mais profunda e tratada de forma mais omnilateral, e isto  com certeza traria uma informação mais  crítica e aproveitável para os telespectadores.

Para não ser incoerente com o que está sendo colocado, é importante frisar que mesmo  não contendo um estudo  amplo neste texto, assim como o da reportagem sobre o tema em questão, aconselho que se faça uma pesquisa no Blog, para que haja um aprofundamento teórico através dos outros artigos que de alguma forma   trabalha a questão dos computadores e da internet.

Com a falta de um professor para discorrer  a favor ou contra a internet na educação, o responsável pela reportagem deixa a desejar, no que diz respeito ao aspecto educacional com relação ao uso da internet. A educação, diferentemente da postura ´´cor de rosa`` citada acima, é uma atividade RADICAL, ou seja, não existe possibilidade de ficarmos em cima do muro, quando o assunto é educação, e principalmente quando se trata de crianças até os onze, doze anos. Até esta faixa etária, elas precisam ter bem nítido a noção do que é certo e do que é errado, daquilo que beneficia ou prejudica e  terem bem claro, que existem limites. Isto tudo não é possível, até os onze, doze anos somente com conversas, palavras, não!  Isto precisará de todo um trabalho educativo alicerçado na paciência, na autoridade amorosa e no exemplo prático, vindo dos educadores e dos pais. Se até nesta faixa etária, as crianças não forem educadas concernentes a estes pontos, citados acima, infelizmente será muito difícil que um pré e um adolescente consigam usar de maneira saudável e proveitosa a internet.

Na reportagem, em um determinado momento, de raspão, chega  a ser mencionado a necessidade do pai segurar a mão do seu filho, mostrando que uma criança é imatura para saber escolher e decidir por si própria algumas coisas... Neste momento, algumas informações sobre os prejuízos educacionais advindos da utilização da internet, poderiam ser mencionados, tais como: a aceleração indevida do desenvolvimento, conteúdo impróprio, prejuízo do desenvolvimento mental, deturpação da linguagem, excesso de peso, perda de tempo e outros. 

Uma das orientações citadas, logo no seu início, é  que os pais possam ensinar seus filhos no uso da internet,  utilizando-se de programas que  conseguem bloquear  uma determinada quantidade de conteúdos até àqueles que agem como espiões monitorando, fotografando e mostrando aos pais o que os filhos tem acessado. Para um pragmático pode ser que este tipo de atitude, através da utilização de programas  seja mais útil e prática, porém se pensarmos nas conseqüências deste  tipo  de trabalho pedagógico, é possível que no futuro tenhamos uma sociedade onde as pessoas terão  uma outra cmpreensão bem diferente de hoje,  sobre o que é o respeito à individualidade, privacidade e fórum íntimo.

Contudo, o que gostaria de enfatizar, como mencionado no início deste artigo, são as várias  formas como um meio de comunicação faz uma abordagem sobre outro. Neste caso, a mídia televisiva procura demonstrar que o novo meio precisa de limites ao ser usado, mas se prestarmos atenção em toda reportagem não vemos  nenhuma citação de  pesquisa científica, contendo dados precisos e confirmados sobre o porquê dos limites que devem ser impostos às crianças e adolescentes no uso do computador e da internet. 

O que fica no ar, é aquela velha proposta do telespectador, a partir do que foi mostrado tirar as suas próprias conclusões. Então, pode se dizer que a minoria dos telespectadores, que realmente prestou atenção na reportagem, irá através do senso comum pensar que a internet ,somente prejudica a sociabilidade das crianças e adolescentes.

Outras características que podem ser mencionadas com relação à reportagem é de que  não intencionalmente, assim espero, mas devido as próprias exigências do padrão  da mídia televisiva,  ela teve que  tratar o assunto de:
·         Forma unilateral (sem a visão de várias áreas do conhecimento científico);
·         Forma acanhada (com medo de desagradar quem é contra ou a favor do uso da internet, principalmente até os doze anos; 
·         Forma simplista (mais dentro do senso comum, do que a partir de uma perspectiva teórica bem aprofundada; 
·         Forma a privilegiar o padrão de ritmo exigido pelo veículo de comunicação da reportagem, neste caso a Televisão (muitas mudanças de cenário, abordagem temporal limitada, conteúdo superficial e fortemente visual)

Para não ficar somente no comentário a respeito da internet, quero colocar qual deve ser a forma como uma criança deve ser ensinada  a assistir a televisão... É lógico, que isto dependerá muito dos pais, vejamos duas formas:

  • Caso os pais possam oferecer meios de diversão, realmente educativos e saudáveis e  além disso, devem ser  pais presentes, que amorosamente saibam impôr limites . A forma que este tipo de Pai-Mãe pode ensinar para as crianças é a de que elas NÃO assistam Televisão;
  • Caso os pais não possam oferecer os meios de diversão, realmente educativos e saudáveis, não saibam impôr limites e sejam ausentes, a melhor maneira é TENTAR controlar os tipos de programas e o tempo máximo que a criança deve assistir a Televisão.
Para encerrar, digo que a reportagem tem como pontos positivos, o fato do tema ser colocado em pauta em um telejornal de grande audiência nacional e a colocação de que o assunto é deveras muito preocupante.


Abraço
Elias